por Ana Alvarenga de Castro e Camila Nobrega R. Alves
A formação da sociedade brasileira está intrinsecamente ligada ao seu histórico colonial. Ao longo de cinco séculos, o colonialismo imprimiu as bases da estrutura social, econômica e política que hoje se configura no Brasil. E, mais do que isso, consolidou uma elite que, sob diferentes contextos históricos, possui muitos elementos de continuidade.
Nesse sentido, um dos aspectos que revela este percurso é a questão fundiária, apontando para um cenário de concentração de terras que nunca se reverteu e, ao longo do tempo, manteve-se como um catalizador de desigualdades sociais. No entanto, esta estrutura de concentração se repetiu em outros setores da sociedade, alguns ainda pouco explorados. É o caso dos meios de comunicação, que surgem no século XIX, ainda sob a lógica colonial, e se fortalecem paralelamente às oligarquias da terra. Por isso, uma análise histórica conjunta desses dois aspectos nos ajuda a entender a atual conjuntura de poder econômico e político no país. A partir desses elementos, o texto a seguir traz um olhar sobre a concentração da terra e dos meios de comunicação, propondo uma perspectiva crítica sobre uma referência internacional que norteia políticas públicas e relações internacionais, nomeadamente a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.
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MONOKULTUR – MACHT – MEDIEN
DIE AGENDA 2030 IN BRASILIEN
Ein kritischer Blick auf die Verbindung der Land- und Medienwirtschaft
Autorinnen: Ana Alvarenga de Castro und Camila Nobrega R. Alves
In diesem Factsheet möchten wir hinterfragen, welche Rolle die Medien- und Landverteilung in der brasilianischen Gesellschaft einnimmt und was Monokultur, Macht und Medien mit nachhaltigen Entwicklungszielen (Sustainable Development Goals) zu tun haben.
Die Entstehung der brasilianischen Gesellschaft ist untrennbar mit ihrer Kolonialgeschichte verbunden. Im Verlauf von fünf Jahrhunderten hat der Kolonialismus die Grundlagen für die soziale, wirtschaftliche und politische Strukturgeschaffen, die heute in Brasilien fortgeführt wird. Darüber hinaus hat er eine Elite gefestigt, die unter verschiedenen Kontexten einige Elemente der kolonialen Kontinuität beibehält. Beispielsweise ist die Landkonzentration ein Katalysator für soziale Ungleichheiten geblieben. Diese alte Struktur der Konzentration wiederholt sich innerhalb unterschiedlicher Bereiche der Gesellschaft. So auch im Falle der Medien, die im 19. Jahrhundert immer noch die in der Gesellschaft vorherrschende, koloniale Logik propagierten und deren Entwicklung einen ähnlichen Verlauf nahm wie die der Landstruktur: Herrscher besitzen und bestimmen über Alle und Alles. Aus diesem Grund hilft eine gemeinsame historische Analyse dieser beiden Aspekte, die aktuelle wirtschaftliche und politische Machtstruktur
im Land besser zu verstehen. Deshalb wirft dieses Factsheet einen kritischen Blick auf die Konzentration von Land und Medien in Brasilien, analysiert ihre Machenschaften, ihre Zusammenhänge und ihre Wirkung auf die Gesellschaft. Außerdem soll eine neue Perspektive auf öffentliche und internationale Politik im Bezug auf die Agenda 2030 für nachhaltige Entwicklung eröffnet werden.