Over the last years, following the buzz around the Green Economy, most big tech companies have made a series of climate change commitments, widely disseminated in marketing campaigns and news outlets. Furthermore, beyond reducing their carbon emissions, these corporations have also been quick to jump into environmental debates with Technosolutionisms, quickly presenting themselves as saviours of the Earth and “the future”, a more surveilled and controlled future, where they hold monopolies.
Instead of stopping at glowy zero carbon emissions reports that fit well to hype Green Economy discourses, we decided to search for more information about their production chains – not only of products, but of narratives as well. Which promises of “a better future” are leading to the current acceleration of colonial extractivism in different dimensions – from data to territories?
We depart from Feminists theories and practices as powerful methods to question and expose how the dangerous mix of Green Economy and Techno-solutionisms is trying to impose a relationship of subordination of our bodies and territories.
This collaboration is an ongoing encounter of Joana Varon, Creative Chaos Catalyst at Coding Rights and Camila Nobrega, Initiator and Pollinator of Beyond the Green. So far, this independent research has taken different shapes of creative expression: book chapter published in different languages (Portuguese, Spanish, English and German), video, zine, podcast…
Ao longo dos últimos anos, seguindo uma onda em torno da Economia Verde, a maioria das grandes empresas de tecnologia (as Big Tech) assumiram uma série de compromissos sobre combate às alterações climáticas, amplamente divulgados em campanhas de marketing e noticiários. Além disso, estas empresas também pularam rapidamente nos debates ambientais apresentando-se rapidamente como salvadoras da Terra e “do futuro”, um futuro mais vigiado e controlado, onde detêm monopólios. Trouxeram para o debate público uma chuva de tecnosolucionismos.
Em vez de pararmos nos relatórios de emissões zero de carbono que se encaixam bem nos discursos de Economia Verde, decidimos procurar mais informação sobre as suas cadeias de produção – não só de produtos, mas também de narrativas. Que promessas de “um futuro melhor” estão a conduzir à actual aceleração do extrativismo colonial em diferentes dimensões – dos dados aos territórios?
Partimos das teorias e práticas feministas como métodos potentes para questionar e expor como a perigosa mistura de economia verde e tecnosolucionismo tem imposto uma relação de subordinação dos nossos corpos e territórios.
Esta colaboração é um encontro contínuo de Camila Nobrega, Fundadora do Beyond the Green, e Joana Varon, Catalisadora de Caos Criativo na Coding Rights. Até agora, esta investigação independente tomou diferentes formas de expressão criativa: capítulo de livro publicado em diferentes línguas (português, espanhol, inglês e alemão), vídeo, zine, podcast…